Histórias do Carnaval de Pindaré "Sr. Euzamar" - Pindaré Mirim

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segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Histórias do Carnaval de Pindaré "Sr. Euzamar"

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Histórias do Carnaval de Pindaré
"Sr. Euzamar"
O pindareense carnavalesco, Sr. Euzamar Batista Medeiros, teve seu início no samba já aos cinco anos de idade. Segundo ele a esta idade já participava de um bloco carnavalesco organizado por sua tia. Sra Euzamar, conta que à época em Pindaré,

existia uma separação de classe entre os brincantes do carnaval em que pertenciam à primeira classe - pessoas brancas ou morenas e que eram bem conceituadas financeiramente na cidade e na sociedade. A segunda classe era constituída por: negros, mulatos e meretrizes. Existia uma espécie de preconceito, pois os blocos eram separados em blocos de primeira, blocos de segunda e blocos de terceira. Com o passar do tempo isso foi se modificando. Aos poucos foram se unindo as pessoas dos blocos, mas sempre ficou separado o bloco das meretrizes que era o bloco de terceira. Embora não existisse na época competição entre os blocos as pessoas costumavam caprichar nas fantasias para os dias de apresentação dos blocos (Sr. Euzamar, entrevista aos 12 de agosto de 2006).
Foi o senhor Euzamar que em 1949 juntamente com seu primo Joaquim Garrincha – Zé Garrincha - idealizou o bloco “Tempo Quente”, que reuniu praticamente apenas pessoas consideradas da segunda classe. Segundo o Sr. Euzamar o “Tempo Quente” foi o primeiro bloco na cidade a ser acompanhado com sua própria bateria.
Ao discorrer sobre a história do carnaval de Pindaré, o Sr. Euzamar fala que em 1950 foram formados dois blocos na cidade e que estes conseguiram até brincar juntos na passarela. Tratava-se do bloco “Nem te Quero”, formado por moças da cidade, e do bloco “O Bagaço”, formado por rapazes. Esses blocos também já funcionaram com bateria própria.

Outros blocos foram surgindo com o decorrer dos anos:
·                    “A Estrela do Samba” – liderado pelo Sr. Pedro Bahia;
·                    “O Império do Samba” – liderado pelo Sr. Euzamar e Sr.
Ornilo. Este bloco se uniu depois com “O Bagaço” e assim permaneceram por 10 anos sob o comando de Chico Lopes.

Sr. Euzamar relembra que juntamente com o Sr. Eudézio e o Sr. Dico Camaleão fundou ainda em 1976 o “Grêmio Recreativo Escola de Samba Vila Sorriso51”. Esse Bloco, em princípio, desfilava pelas ruas da cidade, porém a partir do momento em que foi realizado de forma organizada o chamado Carnaval de Rua em Pindaré – pois até ai só existiam os Bailes Carnavalescos nos clubes, como por exemplo no Recreativo – integrou-se aos blocos que se apresentavam nas passarelas organizadas pela Prefeitura.

Segundo Sr. Euzamar foi o prefeito Sr. João Silva o primeiro a organizar o desfile dos Blocos em Pindaré. Dessa forma, o primeiro Carnaval de Rua foi realizado na Praça Elias Haickel existente até hoje e que ainda serve de palco para as apresentações carnavalescas e outras manifestações festivas na cidade. Nessa mesma praça é que foi feito o primeiro desfile oficial de blocos carnavalescos na cidade de Pindaré no ano de 1989. Desfilaram nesta primeira leva três Escolas: Vila Sorriso, Mocidade Independente do vereador Aldemir Lopes, Unidos do Campo do Sr. Raimundo Rala-Rala. Por várias razões essas Escolas não desfilaram nos anos de 2000, 2001 e no ano de 2003.

Na cidade de Pindaré na década de 2000 estiam
vários blocos de rua, são eles:

·        “Galera do Auê”
·        “Me completa”
·        “Turma da Maizena”
·        “Bicho Papão”.

Outros blocos tradicionais existiam como:

·                         As Desvairadas
·                         Os Cobras
·                         Os Inadimplentes
Existem também dois grupos de Maracatu chamados:
·                      “Veterano do Samba” – Dona Maria Vieira;
·                    “Rei do Samba” – Sr. José Raimundo (Zé Raimundo).

No período do carnaval existe também uma manifestação que chama-se de arrastão “Arrastão do Parurú”, é uma caminhada feita pela cidade, que tem inicio na Praça da Matriz percorrendo os principais bairros da cidade de Pindaré e termina também na mesma praça. Participam deste evento aproximadamente 15 mil foliões é realizado na terça-feira de carnival, com muitos carros de sons e machinhas animando a caminhada dos foliões, o mesmo é realizado desde 1989.
  
51 Apenas a denominação “Escola de Samba”, mas não significa que o Bloco passou a ser uma Escola de Samba.

Fonte: A festa em Pindaré-Mirim: nos trilhos da história a afirmação de uma identidade - Maria Zenaide Costa. O texto original Capitulo IV, 4.2.6 Carnaval, foi alterado para adaptações desde site de pesquisa sobre Pindaré Mirim

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