FEDERAÇÃO E COMPANHIA FOLCLÓRICA
PNUK PURANETÉ
CNPJ: 05.638.773/0001-11
Rua Santos Dumont, Nº 05
Centro – Pindaré-Mirim – MA | CEP: 65.370-000
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A FEDERAÇÃO E COMPANHIA FOLCLÓRICA PNUK PURANETÉ com CNPJ Nº 05.638.773/0001-11 situada à Rua Santos Dumont Nº 05, Centro – Pindaré-Mirim/MA foi fundada em 15 de abril do ano de 1998 no Centro Educacional Nossa Senhora Aparecida pela professora Kathia Cristina e pela aluna Alana Cristina com o apoio da professora Joana Fernandes que na ocasião fizeram um estudo empírico junto aos povos índios em busca doscostumes e do folclore indígena da região do Vale do Pindaré com o apoio da FUNAI, além da inclusão de algumas lendas urbanas locais.
Os costumes indígenas dos GUAJAJARAS, KAAPÓ (Guajá e Capoté) e alguns remanescentes dos TIMBIRAS, foram a principal referência, que misturou passos da dança do índio com o ritmo dos tambores africanos e indígenas fazendo uma releitura do Bumba-Meu-Boi com toda a força do sotaque do Pindaré e a variação rítmica do Boi-Bumbá. Algumas Lendas e Mitos da cidade de Pindaré-Mirim, e de todo o Vale do Pindaré, foram exploradas visando resgatar e preservar o imaginário popular, resultando na elaboração desse trabalho cuja originalidade de vanguarda marca a evolução das brincadeiras do Boi e enriquece ainda mais a cultura das nossas raízes.
Através do conhecimento das expressões do universo culturalindígena criou-se a Pnuk Puranté com um corpo de baile composto por 16 componentes, dentre estes os destaques que representam cada personagem indígena encontrado nas aldeias como exemplo: o Pajé, o Cacique, a Miarrú Puraneté, a Catuau Uicorreré,o Pitu Puranezé e os Índios Guerreiros que compuseram a tribo. Algumas lendas e mitos inspiraram a composição das letras das músicas do CD da Pnuk como exemplo a “lenda do Cabeludo”, a “lenda da Onça do Canadá” e do “Pássaro Agoureiro”de autoria dos professores Joacy Fernandes, Paulo Sérgio, Hélio Guedêlha, do aluno Jerry Fernandes e Zequinha Sousa. Todas as músicas foram produzidas pelo compositor Jojoh Fersan em parceria com Zequinha Sousa e Vagner Silva.
Com um trabalho que personaliza e caracteriza um lindo espetáculo de dança que representa a cultura, costumes e o folclore indígena a Federação e Companhia Folclórica Pnuk Puraneté foi a pioneira no Estado do Maranhão e hoje serve de inspiração para outros grupos que sugiram em todo o Estado inspirados nesse belíssimo trabalho que também serviu de inspiração para o surgimento de um novo espetáculo de apresentação para grupos de Bumba-Meu-Boi que enriqueceram suas indumentárias e incluíram alguns de seus personagens em suas apresentações como exemplo o Cacique, tudo após o surgimento da Pnuk Puraneté.
Durante esses 18 anos de fundação através de suas atividades a Companhia oportuniza a jovens e adolescentes de sua cidade o ingresso em seu grupo tirando-os da ociosidade e da marginalidade, desenvolvendo talentos como artesãos, coreógrafos, administradores, locutores, djs e etc. O que já possibilitou a alguns a oportunidade de empregos dentro e fora do Estado através das experiências e conhecimentos adquiridos na Pnuk Puraneté.
Atualmente a Companhia é formada por 50 membros: bailarinos, administradores e colaboradores e é administrada por uma diretoria que tem como Presidente a professora Kathia Cristina e administrada pela professora Juney Laura com apoio da professora Joana Fernandes e do professor Jeferson Fernandes.
São 20 anos de historia que encantou e encanta gerações e que muito contribuiu para o resgate da história do povo pindareense que tem em seus ancestrais raízes indígenas.
A Federação e Companhia Folclórica Pnuk Puraneté traduz o resgate da história enriquecendo a cultura no Estado do Maranhão.
MÚSICAS DO CD
GUERREIRO DAS ÁGUAS (autor Joacy Fernndes)
Esta música representa a “Dança do Cacique” que foi batizado pela Mãe D’Água e tem lança guiada por Tupã, grande guerreiro e chefe da tribo.
TAMBORES DO VALE (autores Joacy Fernandes e Paulo Sérgio)
Representa a “Dança das Tribos”, que chama a atenção para o extermínio do povo índio pelo branco para tomar posse de sua terra. Mas a natureza grita e convoca todas as tribos para lutar pelo que é seu.
O DILEMA DO PAJÉ (autor Joacy Fernandes)
Essa música fala da maldição de um grande Pajé que recebeu o dom sagrado da cura para ajudar o seu povo, mas que jamais poderia usar m seu próprio benefício.
HOJE É DIA DE ONÇA (autores Joacy Fernandes e Hélio Guedêlha)
Essa música conta a lenda que entre Santa Inês e Pindaré, na localidade Canadá, havia uma onça amaldiçoada e assassina que atacava os viajantes nas noites de lua cheia.
A FLECHA DA TENTAÇÃO (Joacy Fernandes e Zequinha Sousa)
Canta a música que numa tribo havia uma índia que de tão bela, usava sua beleza para seduzir os guerreiros afim de satisfazer seus desejos, nunca se envolvendo com nenhum deles, mas zombava daquele que se apaixonasse por ela.
FERA HOMEM – O CABELUDO (autor Joacy Fernades)
Esta música conta que anos atrás nos arredores de Pindaré, havia no Povoado Múquemum sujeito que vivia isolado da civilização, desprezando a sociedade por não concordar com o modo egoísta de convivência uns com os outros. O nome dele era Manoel Vítor, conhecido como o Cabeludo.
PNUK PURANETÉ (autor JoacyFernades)
Esta música representa a tribo, festeja sua raça e comemora o surgimento da PnukPuraneté, celebrando sua história que nasceu no Centro Educacional Nossa Senhora Aparecida da Professora Joana Fernandes, onde alunos e professores elaboraram esse belíssimo trabalho artístico.
LENDAS QUE INSPIRARAM A COMPOSIÇÃO DAS LETRAS DAS MÚSICAS DA FEDERAÇAO E COMPANHIA FOLCLÓRICA PNUK PURANETÉ
LENDA DO CABELUDO
Apareceu em meados dos anos 40, nas matas de Pindaré-Mirim, um homem tipo exótico de tez parda, que não usava comunicação nem por gestos e nem pela emissão vocabular. Este ser viveu literalmente insulado pela civilização imposta dos tempos modernos.
O pouco que se sabe deste estranho indivíduo é que vivia em traje de Adão (totalmente despido) e que se alimentava de massa de babaçu e que por sinal é bastante nutritivo.
Cabeludo, como ficou conhecido pela redondeza, era uma pessoa dócil, não importunava quem quer que seja.
Andava descalço e tinha unhas grotescas e alongadas. Para ele, a rotação e a translação do planeta terra não lhe importava. Cabeludo só buscava comida quando lhe desse fome: bebia quando lhe desse sede e dormia quando lhe desse sono. Assim era este ser diferente dos tempos modernos, mas parecido com um troglodita ou um homem oriundo das cavernas.
Este registro óptico, constante desta reportagem, foi feito pelo fotógrafo Manoel Catarino, com quem se tem notícias de que Cabeludo tentou comunicar-se.
No ano remoto de 1959, a vida que o trouxe de modo tão inexplicável, o levou da mesma forma inexorável, constituindo, assim para a progressista cidade de Pindaré. Cabeludo a figura mais lendária e enigmática de que se tem notícias até hoje.
A ONÇA DO CANADÁ
Em toda cidade antiga, alguém sempre conta uma história de gente que vira bicho. Os mais antigos de Pindaré, contavam que entre Pindaré e Santa Inês, aparecia uma onça que falava. Nas luas cheias, muitos se encontraram com ela.
Contava seu Raimundo Sá que viajava para Santa Inês com dois companheiros, numa noite de lua cheia, antes que saíssem alguém lhes avisou: - Hoje é dia da “onça”. Eles se armaram com facas e foram. Quando chegaram na entrada do Canadá, o bicho apareceu grunhindo, resmungando, como se quisesse falar. Sem se demorar atirou-se para eles, e como já estavam preparados, enfrentaram a “onça”. Como o bicho era misto, fraco, não resistiu os três. Raimundo e seus companheiros mutilaram a “onça” que saiu aos berros em direção as casas do Canadá.
Dois dias depois, souberam que uma velha tinha sido enterrada sem que seus vizinhos soubessem de que ela morreu. A onça nunca mais apareceu a ninguém, e todos ficaram sabendo que era a velha que virava bicho.
O MASSACRE
Do outro lado do rio Pindaré uma légua acima da cidade, havia uma maloca com muitos índios Guajajaras, chamada a “Maloca do Prego”. Esses índios não trabalhavam, viviam de pedir favores aos que abordavam o porto e o comércio.
Perto dessa Maloca existia um grande bacurizeiro que não dava frutos. Seu Leão Maluf sabendo, negociou com os índios e comprou o bacurizeiro para fazer tábuas, contratou dois homens para serra a árvore. Quando os homens estavam derrubando o bacurizeiro, os mesmos índios que tinham vendido para o seu Maluf, amarraram esses homens, espancaram, invadiram até suas casas, saquearam, e depois os mataram. Escapou somente um garoto de dois anos que ficou escondido debaixo de um caixão, e as mulheres que estavam no mato quebrando babaçu. Esse massacre custou o desaparecimento da Maloca do Prego; alguém conta que ouviu um tiroteio para aquelas bandas, mas ninguém sabe quem os liquidou.
O PÁSSARO AGOUREIRO
Contava seu Antônio Morais que no tempo da escravatura, em Pindaré aconteceram tantas crueldades com os escravos, que muitos dos carrascos davam escândalos, berravam, gritavam dizendo que estavam vendo aqueles que maltratavam em vida.
O caso não fica só nisto, seu Antônio afirmava que as almas deles continuavam a fazer assombrações.
Ele contava que em frente à sua casa havia uma mangueira em que as noites de sexta feira, um pássaro enorme caía sobrea copa da mangueira, e com um grito horrível, pedia perdão: ¨Me perdoa, Pedro...¨ e com um gemido triste desaparecia. Essa penitência durou muito tempo, até que seu Antônio mandou derrubar a mangueira. Assim terminou o agouro do ¨Pássaro¨ esquisito.
VÍDEOS DA PNUK PURANETÉ
Mias vídeos no Canal do YOUTUBE CENSA MAGISTERIO.
Fonte: Site do CENSA | Canal do YOUTUBE CENSA MAGISTERIO | Página do Facebook CENSA | Canal Futura
Dança muito bonita e enriquecida de conhecimentos, o melhor é que faz parte do nosso municipio. Toda a equipe está de parabéns.
ResponderExcluirUm amor e grande admiração
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